É inegável a importância do aleitamento e a necessidade de promoção e ações que favoreçam a amamentação.
A amamentação é um dos melhores investimentos para se salvar vidas infantis e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações.
Mas será que conhecimento, uma pega e posicionamento perfeito são suficientes para uma experiencia positiva com a amamentação?
"O inconsciente da mulher predomina amplamente sobre os seus processos hormonais. Aliás, sabemos que a amamentação no seio e os gritos do recém-nascido estão longe de provocar em todas as mães as mesmas atitudes." A frase foi escrita por Elisabeth Badinter em um dos meus livros favoritos, O Mito do Amor Materno, mas também é uma reflexão que faço há uns anos, desde que comecei a acompanhar famílias e também após minha própria experiência com amamentação.
O ato de alimentar um bebê através do seio, não depende só de fatores biológicos, mas também fatores sociais, económicos, políticos, culturais e psíquicos e que podem influenciar na duração e na frequência.
Mesmo quando há disponibilidade e desejo genuíno da mãe em amamentar, alguns sentimentos ambíguos podem surgir com frequência.
Esses múltiplos fatores, incluindo aspectos intrapsíquicos da mãe precisam ser considerados, quando pensamos da capacidade e disponibilidade de cada mulher em amamentar seus filhos. Não podemos nunca generalizar. Há muito mais por trás do manejo, da prática e que demandam uma atenção especial, cuidado e respeito.
E sim, em alguns casos, não basta o conhecimento, uma pega e um posicionamento perfeito. E eu sou um desses!
Carolina Botafogo
Doula parto e pós-parto
Conselheira em Amamentação
*atendimentos presenciais e online
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